domingo, 24 de outubro de 2010

ASSERTIVIDADE


Até agora pensávamos que para agir era preciso sentir.
Sabe-se hoje que, se começarmos a agir, o sentimento aparece.
Essa foi para mim a descoberta mais importante do século
para o desenvolvimento do ser humano

Willian James,
Psicólogo e filósofo americano


Resumo:
O líder, o empreendedor, o empresário, o vendedor, enfim, todas as pessoas que buscam a realização dos seus sonhos, inclusive os sociais e afetivos, terão êxito, muito mais fácil e rápido, com o uso da assertividade.
A realização do seu sonho, independentemente de qual seja ele, passa pela assertividade.


Os comportamentos, para os nossos propósitos, podem ser subdivididos em:

- comportamento agressivo;
- comportamento passivo;
- comportamento manipulativo e
- comportamento assertivo.
No Boletim passado vimos as características dos comportamentos agressivos e passivos. Hoje veremos as características dos dois últimos.


COMPORTAMENTO MANIPULATIVO
Você já foi manipulado? Você já manipulou alguém?

Veja se estas frases lhe são familiares:

- "Eu não vou fazer mais nada aqui. Só eu faço, e ninguém se mexe!"

- "Como de costume, eu vou ter que lavar a louça sozinha... E com toda a enxaqueca que eu estou desde esta tarde ..."
Estas frases, ou algo próximo delas, soam familiares para você?

Estas são frases bastante comuns para indução de culpa, junto com uma ameaça, e "preparada" para, no mínimo, ganhar a simpatia dos outros.

Ao invés de pedir honestamente por ajuda, o que seria o esperado, honestamente correto, essa pessoa "trabalha" para fazer com que os outros se sintam mal por ela, a fim de conseguir o que ela quer.

Infelizmente, nos exemplos acima, há manipulação de pessoas, de forma negativa, e as pessoas não vão ajudar porque querem, mas porque elas se sentem mal se não o fizerem.

A maioria de nós usa a culpa, uma vez ou outra. Nós aprendemos pelo exemplo dos nossos pais, professores, nas igrejas, meios de comunicação e a sociedade geral.

O comportamento manipulativo é também conhecido por comportamento passivo-agressivo, pois age de uma forma camuflada, colocando-se como vítima passiva, tentando obter dos outros "algo" que ela quer, sem respeitar o desejo dos outros, por isso agressivamente.

É passivo pois age sorrateiramente, escondendo o que quer, mas tenta obter o que quer desrespeitando os direitos dos outros, por isso agressivo.

O comportamento manipulativo necessita desta explicação acima, pois seu entendimento não é tão divulgado ou conhecido e, na maioria das vezes e para a maioria das pessoas, passa desapercebido.

As pessoas que usam a manipulação acham-se espertas o suficiente para conduzir os outros na direção do atendimento das suas próprias necessidades e desejos, independente da boa vontade e da concordância desses outros, que são usados.

Essa "esperteza" é acompanhada de um sentimento interno de impotência, pois esse comportamento somente surge quando a pessoa não consegue, ela própria, caminhar atrás dos seus sonhos, desejos e interesses.

As pessoas manipuladoras têm também auto-estima baixa. São amargos e querem colocar amargor na vida dos outros, pois a desgraça adora companhia. São também frustrados e desapontados consigo próprios, mas adoram colocar culpa nas costas do outros.

Por outro lado, as pessoas manipuladas sentem-se principalmente confusas e culpadas, pois não percebem, a curto prazo, a razão de estarem fazendo o que não querem.

O que mantém o comportamento manipulativo é basicamente a autoproteção, pois através desse comportamento evita confrontos e rejeições diretas, obtendo influência por curtos períodos de tempo.

Mas os resultados negativos da manipulação não tardam:

- falta de confiança dos outros no manipulador;
- estresse;
- solidão;
- reclamações seguidas dos outros, e
- vitimização, colocand0-se, freqüentemente, como vítima.
A maioria de nós usa a culpa, uma vez ou outra. Nós aprendemos pelo exemplo dos nossos pais, professores, nas igrejas, meios de comunicação e a sociedade em geral.

Até mesmo Gandhi, quando fez greve de fome, estava usando a culpa - e manipulando. Suas intenções eram as mais puras e nobres, mas o caminho escolhido foi essencialmente manipulativo.

Ele queria que as pessoas se sentissem mal, para mudar de atitude; ou seja, manipulação com boas intenções.

Fica aqui a pergunta para todos nós:

- "Por que não sermos honestos conosco e admitirmos abertamente que queremos dinheiro, ajuda, poder ou atenção?"
Eu acredito que se todos nós aprendermos a pedir, honesta e gentilmente, os relacionamentos seriam muito mais harmoniosos e duradouros.

Evitando-se o uso da culpa temos um longo caminho produtivo para obter resultados positivos ao longo da nossa vida, em casa, no trabalho, em nossa vida afetiva e social.


O COMPORTAMENTO ASSERTIVO
O comportamento assertivo tem sua origem na autoestima elevada, e ao mesmo tempo uma pessoa assertiva aumenta a sua autoestima. Ver a frase com a qual iniciamos este texto.

Você, aceitar-se do jeito que você é:

- humano,
- falível,
- humilde,
a ponto de tanto aceitar os seus acertos e celebrá-los, como de reconhecer os seus erros e aprender com eles, lhe confere a calma de receber a vida na medida em que ela chega à sua pessoa, e na mesma medida em que a sua pessoa age proativamente na vida, sem sobressaltos, calmamente, sendo o que você é, nem mais, nem menos, serenamente.

Desta forma, a pessoa com comportamento assertivo é confiante, pois se conhecendo e se aceitando, conhece-se, sabe com quem ele conta, sem ser arrogante.

O comportamento assertivo torna a pessoa transparente, pois suas crenças, princípios, ideais, idéias e opiniões são colocadas de forma clara e objetiva.

As pessoas que tratam com pessoas assertivas sentem-se, primeiramente, valorizadas e respeitadas, suas opiniões são escutadas e levadas em conta. Como o interlocutor assertivo é claro e objetivo, sempre se sente esclarecido do que o outro lado pensa e quer.

As recompensas das pessoas assertivas são várias:

- a autoestima, que dá origem à assertividade, é reforçada pela assertividade, num ciclo positivo;

- desenvolve e mantêm relações interpessoais honestas e translúcidas;

- aproveita as oportunidades, sem medo, mas com o cuidado que a vida merece;

- obtêm mais e melhores resultados, pois sendo uma pessoa clara e transparente, compartilha seus objetivos e os outros ajudam e apóiam a consecução desses objetivos; e

- obtêm maior confiança dos que o cercam, o que é base e princípio da liderança.
Leia o artigo:

AS CARACTERÍSTICAS DA LIDERANÇA
Enfim, a pessoa com comportamentos assertivos:

- busca e alcança resultados,

- constrói os seus sonhos,

- estabelece relações sólidas calcadas no respeito mútuo, e

- aumenta a sua autoestima, que aumenta a sua assertividade, que aumenta a sua autoestima...
num ciclo positivo onde todos ganham.

A assertividade é essencial para que qualquer ser humano persiga os seus objetivos.

Dá para imaginar um empregado sem usar assertividade?

Um vendedor?

Um líder?

Um empreendedor?

Um empresário de sucesso?

Com assertividade a produtividade da sua empresa cresce.

A sua empresa tem dificuldades de criar e reforçar os comportamentos e atitudes assertivos que a conduzem mais rápido à produtividade, à melhoria continua e ao caminho do sucesso?

Se a resposta for sim, lembre-se: aprenda e divulgue as técnicas assertivas dentro e fora da sua empresa. Lembre-se do curso que a Merkatus tem sobre o assunto, que pode ser visto na página inicial deste sítio.

O que a frase, com que iniciamos este artigo, tem a ver com assertividade? A resposta também estará no curso de amanhã.

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sábado, 16 de outubro de 2010

A afetividade é um estado psicológico do ser humano que pode ou não ser modificado a partir das situações. Segundo Piaget, tal estado psicológico é de grande influência no comportamento e no aprendizado das pessoas juntamente com o desenvolvimento cognitivo. Faz-se presente em sentimentos, desejos, interesses, tendências, valores e emoções, ou seja, em todos os campos da vida.

Diretamente ligada à emoção, a afetividade consegue determinar o modo com que as pessoas visualizam o mundo e também a forma com que se manifesta dentro dele. Todos os fatos e acontecimentos que houve na vida de uma pessoa traz recordações e experiências por toda a sua história. Dessa forma, a presença ou ausência do afeto determina a forma com que um indivíduo se desenvolverá. Também determina a auto-estima das pessoas a partir da infância, pois quando uma criança recebe afeto dos outros consegue crescer e desenvolver com segurança e determinação.

Existem alguns transtornos que ocorrem devido à ausência ou pouco recebimento de afeto, onde os mais evidenciados são depressão, fobias, somatizações e ansiedade generalizada. Pessoas com recordações e experiências ruins e/ou tristes se tornam apáticas, ou seja, pessoas que excluem a afetividade de sua vida e que se tornam frias e ausentes de emoção. Quando uma pessoa não consegue excluir a afetividade de sua vida, podem ainda tornar-se incontinentes emocionais. A incontinência emocional é uma alteração da afetividade onde o indivíduo não consegue se dominar emocionalmente.

A afetividade é uma sensação de extrema importância para a saúde mental de todos os seres humanos por influenciar o desenvolvimento geral, o comportamento e o desenvolvimento cognitivo.
EI ou Inteligência Emocional é um termo utilizado em Psicologia para designar a inteligência que envolve habilidades para manipular as emoções, tornando-as coadjuvantes no processo de crescimento interno.

Com a aplicação da Inteligência Emocional, as emoções dispersas, descontroladas e geralmente maléficas, podem ser analisadas, controladas e direcionadas para o desenvolvimento de pessoas e grupos.

A Inteligência Emocional foi popularizada a partir de 1995, pelo psicólogo, jornalista e escritor Daniel Goleman, com o fascinante livro que traz o termo como título.

Através de uma análise coerente e inteligente, Goleman nos mostra que o QI elevado de uma pessoa não é garantia de sucesso e felicidade, contrariando o saber científico difundido até então.

Utilizando-se de métodos de pesquisa inovadores que avaliam estados mentais, ondas cerebrais e comportamentos, ele demonstra que pessoas de QI elevados podem fracassar, enquanto pessoas que apresentam quociente mais moderado nos testes obtiveram êxito em seus projetos e metas pessoais e profissionais.

Daniel Goleman derruba categoricamente o mito de que a inteligência é determinada pela carga genética. Para ele a Inteligência é emocionalmente construída através da forma como vivenciamos nossas emoções. Assim, o êxito pode ser produzido por qualquer indivíduo, que tenha capacidade suficiente para controlar seus impulsos, agindo com coerência e uma inteligência emocionalmente construída.

Um homem com grau desenvolvido de inteligência emocional caracteriza-se pela habilidade e pela capacidade para perceber e controlar as emoções de si mesmo e das outras pessoas. Tal pessoa tem ampliada a sua capacidade de dominar as emoções com inteligência passando a utilizar o fluxo de suas emoções de forma inteligente e construtiva, melhorando seus relacionamentos conjugais, afetivos, sociais e profissionais.

O processo de aquisição e domínio da emoção através da inteligência está no princípio do “conheça-te a ti mesmo”. Ter autoconsciência significa reconhecer e compreender nossos próprios pensamentos, sentimentos e ações, estabelecendo uma relação produtiva entre esses elos para que se produzam reações favoráveis. Assim, adquirimos o poder de dominar as nossas emoções.

Com o tempo o autodomínio é naturalmente estendido ao nosso círculo de relacionamentos, levando-nos a uma melhor compreensão do que se passa na cabeça daqueles que convivem conosco, trazendo a perspectiva de uma melhoria significativa em nossas perspectivas de vida.

Reserve um tempo no final do seu dia para fazer uma auto-análise. Procure perceber o modo como faz as suas ponderações, suas avaliações e seu julgamento acerca de fatos, circunstâncias e eventos ocorridos e repare bem na forma como reagiu.

Para ampliar a autoconsciência é primordial desenvolver a autocrítica. Seja crítico para consigo mesmo, prestando atenção nos seus sentimentos. Repare bem na sua atuação com os outros no decorrer do dia e analise os bons e os maus sentimentos experimentados nessa relação.

Além desse exercício diário de autoconhecimento, peça para alguém confiável para que teça uma análise de sua personalidade e lhe apresente uma análise franca sobre a mesma. Os outros nos enxergam por um prisma diferenciado e, muitas vezes, podem revelar algo que desconhecemos sobre nós.

Portanto, é imprescindível estarmos atentos ao que representamos para o mundo. Para ampliar a consciência é necessário, além de ser um crítico positivo de si mesmo, ter a nobreza de aceitar as críticas construtivas dos outros.

Como controlar as emoções?

As nossas emoções, quando descontroladas e absortas, dissipam grande quantidade de energia. É necessário dominar e redirecionar essa energia emocional para alcançar os resultados positivos que almejamos. Controle sua excitação, seus medos, seus ódios e seu desânimo porque, tais sentimentos, dissipam grande quantidade de energia, acabando por minar todas as suas forças.


É necessário controlar o emocional, habituando-se a focar os pensamentos e sentimentos em expectativas positivas. Faça do bom humor e do entusiasmo grandes aliados em seu dia-a-dia. Aprenda que novos hábitos são criados a partir de novos pensamentos mantidos com sentimento.

Pode até parecer difícil no início, mas, na medida em que seus novos pensamentos são mantidos e embasados em uma nova perspectiva mais positiva, gradativamente vão se tornando parte de sua personalidade. Alimente seus pensamentos diários através da emoção e você estará seguramente construindo novos hábitos.

A nossa vida é construída e mantida por uma teia de relações em todos os seus aspectos.

E, nossas emoções são as bases que estabelecem a nossa forma de se relacionar com o mundo, determinando sucesso ou insucesso nas mais diversas áreas. Portanto, o domínio das emoções consiste num grande e potente diferencial capaz de nos transportar, daquilo que somos, para tudo aquilo que almejamos ser ou ter.

Somos seres complexos diante de um universo dinâmico, mas ao mesmo tempo simples em seu “modus operandi”. Seguindo a regra básica do “conheça-te a ti mesmo” e aplicando-a sob a forma de um autocontrole eficaz poderemos usufruir, positivamente, das poderosas energias da emoção.

Concluindo.
Com base nos pressupostos apresentados acima, gostaria de concluir a minha explanação a respeito da Inteligência Emocional frisando que tal prática configura um conjunto de competências e habilidades, emocional e inteligentemente construídas para se atingir a excelência nas mais diversas áreas de atuação, tais como: na família, no trabalho.

Ter inteligência emocional significa não somente possuir os conhecimentos técnicos ou saberes intelectuais. É muito mais que isso. É ter o controle de nossas emoções e aplicar a nossa inteligência para obter êxito nos relacionamentos afetivos, sociais e profissionais.

É ter amor próprio e auto-estima elevada.

É desenvolver a capacidade de gostar do que fazemos. É acreditar em nosso potencial. Ser capaz de gerenciar as emoções, produzindo um equilíbrio interno que se reflete numa eficaz capacidade de lidar com situações adversas e solucionar problemas.

A inteligência emocional bem treinada e elaborada é a base propícia para a conquista da excelência, aprimorada a partir de uma associação favorável entre a razão e a emoção.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Roque Theophilo
Psicólogo
03, Novembro/2003


Por intuição que descobrimos e pela lógica que provamos
Henry Poincaré - Matemático



Introdução

Apartir da entrevista da psicóloga americana Sharon Franquemont na Revista Veja-nº21-ano 35 de 29.05.2002 , ela diz que, no século XXI, o uso da intuição é fundamental para se dar bem no trabalho e no amor, temos recebido um sem número de e-mails pedindo que fosse escrito mais alguma coisa sobre o assunto da entrevista da referida psicóloga. Daí resolvemos apresentar um estudo sobre um Ensaio sobre a "Intuição". O que dizem os dicionaristas a respeito de Ensaio e de Intuição.


Em suma, a intuição vem do termo latim intueri e significa ver por dentro. É uma informação interna e aparece na forma de uma profunda emoção e autoconfiança. Segundo Carl G.Jung a intuição é uma capacidade inconsciente de perceber possibilidades. Para o filósofo Emerson, intuição é uma sabedoria interior que se expressa e orienta por si própria. Enfim, é uma inteligência que consegue resolver um problema ou elaborar um produto ou um serviço através de uma visão interior .

Em suma, a intuição vem do termo latim intueri e significa ver por dentro.

É uma informação interna e aparece na forma de uma profunda emoção e autoconfiança. Segundo Carl G.Jung a intuição é uma capacidade inconsciente de perceber possibilidades.

Para o filósofo Emerson, intuição é uma sabedoria interior que se expressa e orienta por si própria. Enfim, é uma inteligência que consegue resolver um problema ou elaborar um produto ou um serviço através de uma visão interior. .

Existe uma diferença entre e intuição e insight considerando que Intuição é a capacidade de prever possibilidades e insight é como a intuição é revelada. .

Psicologia e a Intuição Em psicologia
Intuição o processo pelo qual um novo conhecimento ou uma crença, surge no mundo dos conhecimentos do sujeito, sem que ele possa apresentar provas lógicas em apoio dessa idéia. Na intuição delirante, o caráter patológico não se prende ao fato de ter uma intuição, mas ao seu conteúdo e ao caráter de verdade que o sujeito lhe atribui, sem nenhum suporte perceptivo e sem necessidade de verificação lógica. Para N.Chomsky, que estudou sobre linguagem e sua aquisição, intuição gramatical é o processo que, sob a dependência do conhecimento tácito ( ou seja, inconsciente) que o locutor tem do conjunto de regras que determinam a boa formação das frases, permite ao sujeito fazer juízos de gramaticalidade a respeito der qualquer frase.

Trata-se portanto, de intuição da formas lingüística, e não do sentido de intuição partilhada por todos os membros de uma mesma comunidade lingüística. Vamos transcrever um comentário do Professor Efraim Rojas Boccalandro sobre o livro A intuição do Psicólogo; Técnicas de abordagem com o uso do Rorschach.



Como a criatividade adicionada a intuição atua no campo empresarial
A origem etimológica da palavra intuição como vimos acima provém de um verbo latino que significa ver; perceber; discernir; ato ou capacidade de pressentir. É uma forma de captar informações sem recorrer aos métodos do raciocínio e da lógica. Nosso cérebro está dividido em dois hemisférios: o do lado direito armazena e elabora as nossas emoções, a imaginação, criatividade, é a metade intuitiva, sem domínio verbal; o hemisfério esquerdo é o lado organizado, racional, lógico, analítico, usa a linguagem e domina a palavra. A intuição se opõe à razão? Não, ela apenas se situa fora dos seus domínios. Há mais probabilidade de acerto quando intuição e razão agem de forma equilibrada. Num recente levantamento feito pelo International Institute For Management Development — IMD, com sede na Suíça, 80% dos 1.312 executivos entrevistados em nove países, avaliaram que a intuição se tornou importante para formular a estratégia e o planejamento empresarial.

Desses, a maioria (53%) diz que recorre à intuição e ao raciocínio lógico em igual proporção no seu dia-a-dia. A intuição é velha companheira de artistas e cientistas. Num estudo recente divulgado nos Estados Unidos, 82 entre os 93 Prêmios Nobel enfatizaram o papel importante dessa capacidade na criatividade e nas descobertas humanas.

O físico Albert Einstein, que considerava a imaginação mais importante do que o conhecimento, disse certa vez: Às vezes confio estar certo, sem saber a razão. Os gênios da música clássica, Beethoven e Mozart, atribuíam suas maiores realizações ao uso da intuição. As mulheres estão galgando novas posições de destaque não só como empresárias, mas como líderes nas mais diversas atividades, graças aos seus dotes privilegiados em relação à intuição. Nelson Blecher cita no seu artigo alguns exemplos bem interessantes sobre a valorização da intuição no mundo dos negócios, começando pela Compaq, líder mundial de computadores pessoais. Ela contratou uma equipe de quatro psicólogos para percorrer todas as suas unidades espalhadas pelo mundo, para avaliar o perfil intuitivo dos seus executivos. Jorge Schreurs, presidente da Compaq do Brasil, foi submetido durante dois dias, a uma bateria de testes.

O curioso é que nos questionamentos não vieram perguntas sobre o mercado brasileiro, sobre novos modelos de computadores, ou, sobre suas relações com a indústria de informática. Os quatro psicólogos queriam saber, acima de tudo, se o presidente da Compaq do Brasil tinha uma intuição aguçada. Akio Morita, presidente da Sony, observara pessoas caminhando pelas ruas de Tóquio e Nova York carregando pesados aparelhos de som nos ombros. Levou o assunto para uma discussão com os engenheiros da empresa, pois, na sua intuição, um aparelho compacto, pequeno e leve, poderia ser um novo produto no mercado. .

Sua equipe achou que ninguém teria interesse em comprar um equipamento sem dispositivo de gravação. Morita fez valer a sua intuição forte e lançou em 1979 o walkman, que foi, e ainda é, um sucesso de mercado, multiplicando-se em mais de 250 diferentes modelos. Mais da metade dos executivos brasileiros já pesquisados em grandes e médias empresas, pende para o hemisfério esquerdo do córtex cerebral, guiando-se mais pelo raciocínio e a lógica, do que pela intuição. Japoneses, americanos e ingleses despontam no grupo dos executivos como os mais intuitivos.

Os empresários brasileiros ainda dão um peso muito grande às análises estatísticas, para a quantificação de dados, usando demais o lado esquerdo, em detrimento do direito. Conseguem examinar as árvores, deixando de enxergar a floresta. Ficam muito preocupados em contar, medir, pesar, e quando precisam decidir, o tempo passou e o concorrente saiu na frente. Um modelo novo de tênis dura apenas seis meses. Computadores estão superados em 18 meses. Os consumidores se tornam mais imprevisíveis.

As pesquisas de tendência estão ficando mais caras. São as aceleradas mudanças econômicas e tecnológicas que tornaram as questões demasiadamente complexas. Com a globalização, as empresas tiveram que se adaptar a novos esquemas de produção, novas fontes de suprimentos, novos nichos de mercado. Surgiram questões cruciais como: Produzir internamente ou terceirizar? Comprar de fornecedor nacional ou localizar outro melhor na Ásia? Montar uma rede própria de distribuição ou fazer parcerias estratégicas com outras empresas? As pressões para tomada de decisão estão sendo feitas em prazos cada vez menores, aumentando, progressivamente, nas pessoas bem-sucedidas, os apelos para os dotes intuitivos. Vale a pena voar nas asas da criatividade e intuição!

Não poderíamos adicionar a intuição a um sexto sentido?
Tato, olfato, audição, paladar e visão. São os cinco sentidos visíveis. O sexto, não poderia ser a intuição, palavra que vem do latim intueri, que significa olhar para dentro, ninguém sabe ao certo onde fica. Não existe uma fronteira definida que delimite o seu alcance. Sabemos que a língua é capaz de identificar sabores diferentes, que o tato nos permite ter sensações de volume e textura, mas, afinal, do que a intuição é capaz?

A intuição aguçada, pertence mais ao homem ou a mulher uma coisa é certa que as pessoas criativas são mais intuitivas pela facilidade no contato com as emoções e o imaginário é que as pessoas criativas podem a sua intuição com mais freqüência. Uma decisão acertada baseada na intuição pode parecer mágica. Não é isso que os cientistas, artistas pensam - segundo eles, a racionalidade e a criatividade exercitando a intuição? os que raciocinam, criam são muito mais intuitivos do que os emotivos e estereotipados que são repetidores do que os outros fazem.

As pessoas podem ativar a intuição através de objetivos claros que é a primordial condição, devendo saber discernir às informações objetivas e subjetivas e ter capacidade para fazer associações, conexões e analogias Conhece-te a ti mesmo e aumentarás a tua intuição.

O mergulho interior é uma forma de ampliar a intuição; Aquele que conhece a si mesmo conhece o senhor; diz o islamismo, Olha para dentro de ti tu és um Buda, fala o budismo.

Na Grécia se deu muita importância ao Conhece-te a ti mesmo a partir do templo de Apolo, figura complexa e enigmática, que transmitia aos homens os segredos da vida e da morte, Apolo foi o deus mais venerado no panteão grego depois de Zeus, o pai dos céus.

Os oráculos desempenharam uma função importante na vida dos gregos. Tratava-se de santuários em que um deus transmitia profecias ou conselhos a quem pedisse, através de um intermediário humano. O oráculo do deus Apolo em Delfos construído no século VII a.C. na Grécia manteve sua liderança até a época helenística. No oráculo de Delfos havia uma sacerdotisa, a pitonisa, que entrava em transe e recebia as mensagens de Apolo. Suas palavras eram interpretadas por sacerdotes que, por sua vez, as traziam em verso aos ouvintes.

No frontão do templo se lia Gnohti seauton cuja tradução é Conhece-te a ti mesmo; o dístico era completado ;e conhecerás o Universo e os deuses. A frase era uma advertência de quem desejasse conhecer os desígnios dos deuses deveria começar a procura dentro de si A frase tornou-se célebre e imortalizou-se graças ao filósofo Sócrates 469-399 a.C.

Em suma esse aviso era uma advertência para o visitante que se consultava com a pitonisa e que queria conhecer os desígnios dos deuses deveria começar a procurar dentro se si isto é intuir.

Resumo da entrevista da Sharon

A psicóloga americana Sharon Franquemont abriu um tema que empolga pelos poucos estudos que existem a respeito excetuando-se o do Jung que nos ocuparemos adiante. As teorias da psicóloga Sharon Franquemont já foram ouvidas por funcionários do governo americano, profissionais da educação e dirigentes de grandes corporações, como Intel, Procter&Gamble e AT&T. Ler Resumo

A captação das imagens apreendidas acontece muito rapidamente e o raciocínio é intuitivo. Está sempre aberto ao novo e gosta de experimentos não muito comuns As informações são recebe e processadas a partir de idéias e imagens, ao contrário daquele que desenvolve o pensamento analítico, tem grande capacidade de intuir que é o ato de ver, perceber, discernir; perceber clara e imediatamente os fatos em redor; por discernimento instantâneo com percepção do todo. A visão dos fatos é sempre inovar e criar e sem receio em acreditar em novas idéias. Não é titubeante e vê muito rapidamente as atitudes que pretende tomar. Para aqueles que pensam intuitivamente, é mais importante o futuro do que o presente. Pela sua ampla visão se perde nas minúcias e pormenores. Não se perde com detalhes. Prefere a análise do que a síntese.

Como a intuição é vista pela filosofia e a sua importância nos conhecimentos:

Platão, nasceu em Atenas, em 428/427 a.C., e lá morreu em 347 a.C. seu verdadeiro nome era Aristóteles, e foi denominado de Platão que, segundo alguns, derivou de seu vigor físico e da largueza de seus ombros ( platôs significa largueza ). Ele era filho de uma abastada família, aparentada com famosos políticos importantes, por isso não espanta que a primeira paixão de Platão tenha sido a política. Platão distingue quatro formas ou graus de conhecimento, que vão do grau inferior ao superior: crença, opinião, raciocínio e intuição intelectual. Para ele, os dois primeiros graus devem ser afastados da Filosofia — são conhecimentos ilusórios ou das aparências, como os dos prisioneiros da caverna — e somente os dois últimos devem ser considerados válidos. O raciocínio treina e exercita nosso pensamento, preparando-o para uma purificação intelectual que lhe permitirá alcançar uma intuição das idéias ou das essências que formam a realidade ou que constituem o Ser.

Platão cita que Anaxágoras, um dos pré-socráticos, tinha estudado a necessidade de introduzir uma Inteligência universal para conseguir explicar o porquê das coisas, mas não soube levar muito adiante esta sua intuição, continuando a atribuir peso preponderante às causas físicas, afirmava que a verdade direta e evidente era aquela que a pessoa recebia de um plano transcendente, sem nenhuma mediação do mundo material. Apartir da teologia medieval, esse conceito foi sendo gradativamente resgatado. Na Idade Média, tinha-se em mente que o contato direto com o sagrado promovia o êxtase religioso, a sensação de iluminação e de plenitude. Atualmente, muitos religiosos consideram esse tipo de experiência como sendo puramente intuitiva.

Mais tarde, uma maior exploração do tema teve como base duas fontes centrais, No século XVII, Renè Descartes (1596-1650) tratou a como uma verdade evidente nas obras Meditações Metafísicas e Discursos do Método. Um século mais tarde, Kant (1724-1804) identificou a como um pensamento que engloba verdades e conhecimentos que independem da experiência adquirida. Ou seja, para o filósofo alemão, a pessoa nasce intuitiva. Pouco mais tarde, na Inglaterra, a corrente chamada intuicionista, que tinha no filósofo escocês William Hamilton (1788-1856) um dos principais representantes, afirmava que a era a primeira manifestação do conhecimento, uma iluminação súbita que alargava a compreensão humana. O físico Albert Einstein (1879-1955) afirmava que a criatividade é mais importante que o conhecimento. Assim ele se referia :

Se o senhor quer estudar em qualquer dos físicos teóricos os métodos que emprega, sugiro-lhe firmar-se neste princípio básico: não dê crédito algum ao que ele diz, mas julgue aquilo que produziu. Porque o criador tem esta característica: as produções de sua imaginação se impõem a ele, tão indispensáveis, tão naturais, que não pode considerá-las como imagem de espírito, mas as conhece como realidades evidentes .

Todo o século XVIII foi consumido na exploração das possibilidades abertas pelo método infinitesimal, então recém-descoberto. Foi um período de prodigiosos calculadores (como Euler) que, apoiados na fecundidade da pura técnica operatória, invadiam e desbravavam domínios cujo fundamentos eram, amiúde, pouco claros.

Os matemáticos manipulavam séries infinitas (guiados apenas pela pura intuição, pois não conheciam os fundamentos dos métodos utilizados). Esses procedimentos originaram dúvidas e perplexidades, que terminaram por inspirar uma nova atitude crítica, na passagem do século XVIII ao XIX.

Não é fácil conceituar a intuição. Se perscrutarmos os dicionários, encontraremos algo do tipo: a intuição é o ato de ver, perceber, discernir, pressentir. Fica-nos, então, aquela impressão de que a intuição é o ato de ver algum objeto ou fenômeno de maneira diferente daquela normalmente vista pela maioria das pessoas que olham para esse objeto ou fenômeno. Por exemplo: bilhões de pessoas, no decorrer de milhares de anos, já devem ter se deparado com um cenário, ao cair da tarde, onde, por trás de uma macieira repleta de frutos suspensos por pedúnculos visualiza-se a Lua, fixa no firmamento.

Quantos viram algo além de maçãs e da Lua? Pois é bem possível que num cenário como este e em seu sítio, em Woolsthorpe, o jovem Isaac Newton, com apenas 24 anos de idade, tenha visualizado, além de maçãs e da Lua, a inércia retilínea e a atração entre corpos com massa. Entre a visão normal, ou o ato puro e simples de olhar, e a visão sofisticada, qual seja, o ato de ver, de perceber, de discernir, de pressentir, reside o segredo da intuição, também descrita como a contemplação pela qual se atinge a verdade por meio não racional

Newton, quando viu cair a maçã e teve a intuição da Lei da Gravidade, passou o resto de sua vida trabalhando para verificar aqueles conceitos que determinara como leis. Se pesquisarmos com intuição, poderemos, agindo com amor a natureza, fazer uma viagem fantástica, e redescobrir a arte de descobrir

Vamos, então, trabalhar um pouco mais este conceito no sentido de esclarecero que aqui entendemos por verdade e por que o processo intuitivo seria não racional.

O cientista é, diferentemente dos outros, um homem que procura pela verdade e que, portanto, assume a existência dessa verdade. Nessa procura, admite como certo o que poderíamos chamar de verdade provisória. Digamos, então, que esta última seja o que consideramos como verdade científica, e o que a distingue das demais verdades provisórias, encontradas pelos que não são cientistas, seria o seu acoplamento ao método científico ou à experimentação. Para resumir, poderíamos dizer que a verdade científica é uma verdade provisória tomada por empréstimo da natureza e da forma como ela aparenta ser.

As hipóteses e conjecturas científicas assumem, com freqüência, esse papel de verdades científicas. Digamos, então, que o primeiro passo, mas não o único e/ou o derradeiro, para chegarmos às verdades científicas seria a contemplação da natureza.

A não racionalidade, atribuída à intuição, retrata o seu caráter essencial, mas não engloba, propriamente, todo o processo intuitivo. Digamos que se refere ao insight ou estalo ou, ainda, à percepção de alguma coisa estranha, não notada nas outras vezes em que se observou o mesmo objeto ou fenômeno. É óbvio que esta percepção, ao ser trabalhada racionalmente, poderá vir a se constituir numa conjectura ou hipótese. No entanto, mesmo antes de formularmos uma conjectura ou hipótese, já estamos frente a algo a que podemos associar o conceito de verdade provisória. Existe um conceito popular a dizer: Gato escaldado tem medo de água fria..

Seria isto equivalente a admitir que o gato raciocina?

Seria isto coerente com a afirmação de que o gato formula hipóteses (a água queima) e as generaliza (as próximas águas queimarão)? Provavelmente não! Podemos, pelo exemplo, simplesmente inferir que o gato está dotado de uma intuição primitiva e da capacidade de memorizar fatos e, em conseqüência disso, em condições de aprender por um meio não racional.

Se a ciência experimental começa pela intuição, poderíamos concluir que o intuitivismo é a base fundamental de todos os conhecimentos humanos oriundos das ciências empíricas. É importante não confundir intuitivismo com intuicionismo. Este último relaciona-se à doutrina que faz da intuição o instrumento próprio do conhecimento da verdade: ver para crer.

Mesmo porque o cientista parte da contemplação do que realmente existe, e interpreta esta verdade seguindo um raciocínio lógico aprisionado ao método científico. O cientista, então, parte da verdade (intuitivismo) e procura por novas verdades científicas intuição é, portanto, bem diferente de dizer que a ciência começa pela observação.

É comum contemplarmos a natureza por vias indiretas. Newton, por exemplo, conhecedor da inércia circular de Galileu, viu a Lua em movimento e deve ter associado este movimento à desnecessidade de um pedúnculo para que a Lua permanecesse a uma distância fixa da Terra, o que não acontecia com as maçãs. Ou seja, Newton contemplou a natureza com conhecimentos adquiridos em seus estudos, o que é diferente de observar um fenômeno sem conhecimento algum.

Einstein, por outro lado, contemplou a natureza utilizando-se unicamente da imaginação e de seus conhecimentos prévios, deixando a observação momentaneamente de lado. Seus conhecimentos sobre eletromagnetismo, aos quinze anos de idade, relacionavam-se a brincadeiras com uma bússola ganha na infância e ao que pôde aprender no segundo grau a respeito do eletromagnetismo vigente na época.



Jung e a intuição

Carl Jung, psicanalista profundamente interessado pelo estudo das diferentes formas de expressão da vida, inclui a intuição como uma das atividades do psiquismo que funda o que é o humano.

Considera a intuição conjuntamente com o pensamento, o sentimento e a sensação qualidades que permitirão criar uma tipologia dos seres humanos pela predominância e interação de cada uma destas funções.

Jung julgava ser a intuição e o sentimento faculdades preponderantes para uma vivência adequada da psique, pois é apenas através de todos os seus elementos (pensamento, sentimento, sensação e intuição) que podemos tentar entendê-la.

Foi ele quem determinou, na sua obra Tipos Psicológicos, que a intuição é um componente indispensável para a formação da personalidade do homem, ao lado da sensação, do pensamento e do sentimento. E foi ele também quem colocou a intuição como uma ocorrência nascida e processada a partir do plano inconsciente.

Hoje, em função das mudanças teóricas, deixa-se de acreditar no imediato. Temos como mediadores os conhecimentos histórico, econômico, político e social, entre outros.

Jung classifica a sensação e a intuição, juntas, como as formas de apreender informações, ao contrário das formas de tomar decisões. A sensação refere-se a um enfoque na experiência direta, na percepção de detalhes, de fatos concretos, o que uma pessoa pode ver, tocar, cheirar. A intuição é uma forma de processar informações em termos de experiência passada, objetivos futuros e processos inconscientes.

Os intuitivos processam informação muito depressa e relacionam, de forma automática, a experiência passada e informações relevantes à experiência imediata. Para o indivíduo, uma combinação das quatro funções resulta em uma abordagem equilibrada do mundo: uma função que nos assegure de que algo está aqui (sensação); uma segunda função que estabeleça o que é (pensamento); uma terceira função que declare se isto nos é ou não apropriado, se queremos aceitá-lo ou não (sentimento); e uma quarta função que indique de onde isto veio e para onde vai (intuição). Entretanto, ninguém desenvolve igualmente bem todas as quatro funções. Cada pessoa tem uma função fortemente dominante, e uma função auxiliar parcialmente desenvolvida. As outras duas funções são em geral inconscientes e a eficácia de sua ação é bem menor. Quanto mais desenvolvidas e conscientes forem as funções dominante e auxiliar, mais profundamente inconscientes serão seus opostos. Jung chamou a função menos desenvolvida em cada indivíduo de função inferior. Esta função é a menos consciente e a mais primitiva e indiferenciada.

Jung classifica a sensação e a intuição juntas, como as formas de apreender informações, diferentemente das formas de tomar decisões. A Sensação se refere a um enfoque na experiência direta, na percepção de detalhes, de fatos concretos. A Sensação reporta-se ao que uma pessoa pode ver, tocar, cheirar. É a experiência concreta e tem sempre prioridade sobre a discussão ou a análise da experiência.

Os consumidores sensitivos tendem a responder à situação imediatamente, e lidam eficientemente com todos os tipos de aspectos negativos. Em geral estão sempre prontos para o aqui e agora. O consumidor intuitivo processa informações em termos de experiência passada, objetivos futuros e processos inconscientes. As implicações da experiência são muito mais importantes para os intuitivos do que a experiência real em si. Os intuitivos recebem e decodificam a informação muito depressa e relacionam, de forma automática, a experiência passada com as informações relevantes da experiência imediata.

A grande maioria dos Programas de Treinamento Gerenciais abordam que é o estudo dos diversos modos pelos quais as línguas podem diferir umas das outras., as decisões são geralmente tomadas enfatizando-se a preferência que emprega a função dominante, geralmente ignorando-se a função inferior. É mais provável que uma decisão seja melhor tomada quando as quatro funções forem utilizadas já que estão relacionadas à observação (Sensação - i ntuição) e à tomada de decisões (Pensamento -Sentimento ).

Os tipos Intuição-Pensamento, enfatizam problemas e conceitos gerais. Sua organização ideal é aquela em que o enfoque principal é a descoberta, invenção e produção de novas tecnologias e portanto deve ter um alto grau de flexibilidade. Os autores a denominaram organizações ligadas a pesquisa e desenvolvimento.

Os tipos Intuição-Sentimento, também tem como ideal organizações mais flexíveis e globalizantes. A diferença marcante com os Pensamentos é a de que enquanto eles preocupam-se com aspectos teóricos da organização, estes enfatizam as metas pessoais e humanas. Sua organização ideal é aquela que pudesse servir a humanidade, ou seja, eles realmente acreditam que as organizações existem com o objetivo de servir as pessoas. Foram chamadas de organização orgânico-adaptativa pelos autores.

Erich Fromm (1900-1950), psicanalista e filósofo social alemão naturalizado americano, constitui o terceiro pilar fundamental da utilização terapêutica dos sonhos. Sua grande contribuição à psicanálise foi a nova ênfase que deu aos fatores econômicos e sociais no comportamento do indivíduo. A título de ilustração realizou novas interpretações de sonhos famosos, aplicando-os à terapia das neuroses e dos desvios de comportamento. Para Fromm, o sentido fundamental do sonho é a realidade e a autêntica que se manifesta também em conseqüência de problemas e questões socioeconômicas.

Como a parapsicologia enquadra a Intuição
No Corpo Mental que é o veículo de manifestação pelo qual a consciência se manifesta usando os atributos da inteligência ( intelecto, intuição, memória, imaginação, etc. ); mente; corpo do pensamento.

O Feng Shui e a intuição
Quando se aplica o Feng Shui nos ambientes, temos que reunir a Sabedoria com a Intuição para termos um trabalho com ótimos efeitos. A intuição é uma das formas de Ver a Energia destes ambientes e, saber quais as "curas" que se deve fazer para Harmonizar as Energias.

O Zen e a Intuição

O discernimento pelo espírito oriental, apoiado no pensamento Zen, permitiu que os conhecimentos se perpetuassem e passassem do mestre ao aluno através dos anos, com certas variações técnicas, condicionadas pelo ambiente físico de cada época, mas aglutinadas todas elas ao redor de uma idéia, o conhecimento das coisas na sua forma real e de nós mesmos como meta final. Este "do" , este caminho necessário a percorrer se apóia num sistema, a intuição ensinada, a qual nos leva ao paradoxo de que algo próprio e íntimo de cada indivíduo, a intuição, pode ser ensinado, e inclusive formar escola. Isso se consegue perseguir através dos métodos de ensino Zen, que os mestres transferiram às artes marciais.

Conclusão

Como dissemos no inicio que faríamos um ensaio panorâmico sobre a intuição julgamos desprenteciosamente ter atingido o nosso alvo e como iniciamos o nosso ensaio com os conceitos de psicóloga Sharon Franquemont gostaria de finalizar com o final de sua entrevista com o meu ponto de vista que a intuição também tem um pouco de querer é poder.

Conta a psicóloga que conhecia uma casal que foi para Londres passar as férias: Lá, a mulher teve a intuição de que um dia ela e o marido se mudariam para aquela cidade. Cinco anos depois, ele foi convidado a se transferir e, ela mesmo tendo que abandonar projetos pessoais importantes em andamento, não hesitou em acompanhá-lo. Ela tinha certeza de que tudo sairia bem, como, de fato aconteceu e conclui Pura intuição.

Alto
O que é insinght, em psicologia?

Originário, provavelmente, do escandinavo e do baixo alemão, insight é definido na língua inglesa como "a capacidade de entender verdades escondidas etc., especialmente de caráter ou situação" portando um sentido igual a "discernimento" ou "a capacidade para discernir a verdadeira natureza de uma situação", o ato ou o resultado de alcançar a íntima ou oculta natureza das coisas ou de perceber de uma maneira intuitiva.

insight é um termo que começou a ser utilizado, na Psiquiatria Geral, desde o início do século XX, para indicar o conhecimento, pelo paciente, de que os sintomas de sua doença são anormalidades ou fenômenos mórbidos.Insight é considerada sinônimo de intuição.

A palavra intuição também tem, na sua raiz, a presença do sentido da vista, pois vem do latim intuitio, que significa olhar.

É definida como um modo de conhecimento imediato, apreensão direta, sobre o modelo da visão, da realidade das coisas ou da verdade dos conceitos, por oposição ao conhecimento discursivo ou o raciocínio. É "uma apreensão imediata pela mente sem raciocínio".

Na intuição, trata-se de uma "visão direta e imediata de um objeto de pensamento atualmente presente ao espírito e apreendido na sua realidade individual", "todo o conhecimento dado de uma vez e sem conceitos" ou ainda, conhecimento sui generis, comparável ao instinto e ao senso artístico, que nos revela aquilo que os seres são em si próprios, por oposição ao conhecimento discursivo e analítico que no-los faz conhecer do exterior".
"Se o senhor quer estudar em qualquer dos físicos teóricos os métodos que emprega, sugiro-lhe firmar-se neste princípio básico: não dê crédito algum ao que ele diz, mas julgue aquilo que produziu. Porque o criador tem esta característica: as produções de sua imaginação se impõem a ele, tão indispensáveis, tão naturais, que não pode considerá-las como imagem de espírito, mas as conhece como realidades evidentes."
Albert Einstein 1




A importância da intuição 2

Não é fácil conceituar a intuição. Se perscrutarmos os dicionários, encontraremos algo do tipo: a intuição é o ato de ver, perceber, discernir, pressentir 3. Fica-nos, então, aquela impressão de que a intuição é o ato de ver algum objeto ou fenômeno de maneira diferente daquela normalmente vista pela maioria das pessoas que olham para esse objeto ou fenômeno. Por exemplo: bilhões de pessoas, no decorrer de milhares de anos, já devem ter se deparado com um cenário, ao cair da tarde, onde, por trás de uma macieira repleta de frutos suspensos por pedúnculos, visualiza-se a Lua, fixa no firmamento. Quantos viram algo além de maçãs e da Lua? Pois é bem possível que num cenário como este e em seu sítio, em Woolsthorpe, o jovem Isaac Newton, com apenas 24 anos de idade, tenha visualizado, além de maçãs e da Lua, a inércia retilínea e a atração entre corpos com massa. Entre a visão normal, ou o ato puro e simples de olhar, e a visão sofisticada, qual seja, o ato de ver, de perceber, de discernir, de pressentir, reside o segredo da intuição, também descrita como a contemplação pela qual se atinge a verdade por meio não racional 3. Vamos, então, trabalhar um pouco mais este conceito no sentido de esclarecer o que aqui entendemos por verdade e por que o processo intuitivo seria não racional.

O cientista é, diferentemente dos outros, um homem que procura pela verdade e que, portanto, assume a existência dessa verdade. Nessa procura, admite como certo o que poderíamos chamar de verdade provisória. Digamos, então, que esta última seja o que consideramos como verdade científica, e o que a distingue das demais verdades provisórias, encontradas pelos que não são cientistas, seria o seu acoplamento ao método científico ou à experimentação. Para resumir, poderíamos dizer que a verdade científica é uma verdade provisória tomada por empréstimo da natureza e da forma como ela aparenta ser 4. As hipóteses e conjecturas científicas assumem, com freqüência, esse papel de verdades científicas. Digamos, então, que o primeiro passo, mas não o único e/ou o derradeiro, para chegarmos às verdades científicas seria a contemplação da natureza.

A não racionalidade, atribuída à intuição, retrata o seu caráter essencial, mas não engloba, propriamente, todo o processo intuitivo. Digamos que se refere ao insight ou estalo ou, ainda, à percepção de alguma coisa estranha, não notada nas outras vezes em que se observou o mesmo objeto ou fenômeno. É óbvio que esta percepção, ao ser trabalhada racionalmente, poderá vir a se constituir numa conjectura ou hipótese. No entanto, mesmo antes de formularmos uma conjectura ou hipótese, já estamos frente a algo a que podemos associar o conceito de verdade provisória. Existe um conceito popular a dizer: Gato escaldado tem medo de água fria. Seria isto equivalente a admitir que o gato raciocina? Seria isto coerente com a afirmação de que o gato formula hipóteses (a água queima) e as generaliza (as próximas águas queimarão)? Provavelmente não! Podemos, pelo exemplo, simplesmente inferir que o gato está dotado de uma intuição primitiva e da capacidade de memorizar fatos e, em conseqüência disso, em condições de aprender por um meio não racional.

Se a ciência experimental começa pela intuição, poderíamos concluir que o intuitivismo é a base fundamental de todos os conhecimentos humanos oriundos das ciências empíricas. É importante não confundir intuitivismo com intuicionismo. Este último relaciona-se à doutrina que faz da intuição o instrumento próprio do conhecimento da verdade: ver para crer. Mesmo porque o cientista parte da contemplação do que realmente existe, e interpreta esta verdade seguindo um raciocínio lógico aprisionado ao método científico. O cientista, então, parte da verdade (intuitivismo) e procura por novas verdades científicas por meio da construção e da corroboração de teorias. Afirmar que a ciência começa pela intuição é, portanto, bem diferente de dizer que a ciência começa pela observação. Críticas a este segundo posicionamento podem ser encontradas no livro de Chalmers 5 e o contraste entre as duas posições está relatado no artigo, já citado, que escrevi sobre o método científico 4.

É comum contemplarmos a natureza por vias indiretas. Newton, por exemplo, conhecedor da inércia circular de Galileu, viu a Lua em movimento e deve ter associado este movimento à desnecessidade de um pedúnculo para que a Lua permanecesse a uma distância fixa da Terra, o que não acontecia com as maçãs. Ou seja, Newton contemplou a natureza com conhecimentos adquiridos em seus estudos, o que é diferente de observar um fenômeno sem conhecimento algum.

Einstein, por outro lado, contemplou a natureza utilizando-se unicamente da imaginação e de seus conhecimentos prévios, deixando a observação momentaneamente de lado. Seus conhecimentos sobre eletromagnetismo, aos quinze anos de idade, relacionavam-se a brincadeiras com uma bússola ganha na infância e ao que pôde aprender no segundo grau a respeito do eletromagnetismo vigente na época. Certamente ouviu falar sobre a experiência de Oersted, em que a bússola sofre uma deflexão ao ser colocada nas vizinhanças de um fio conduzindo uma corrente elétrica. A teoria de Maxwell explicava o fenômeno afirmando que o campo elétrico gerado por cargas em movimento (corrente elétrica) manifestar-se-ia em objetos em repouso (no caso, a bússola) como um campo magnético; daí a deflexão sofrida pela bússola. De alguma maneira, parte do campo elétrico transformava-se em magnético em virtude do movimento. Por um mecanismo do mesmo tipo, pelo menos em sua origem, a teoria de Maxwell explicava também o caráter eletromagnético da luz: campos elétricos e magnéticos iriam se alternando à medida que a luz se propagasse. Em essência, foram essas as referências utilizadas pelo jovem Einstein para construir o cenário onde visualizou o nascimento de sua teoria da relatividade. Ele simplesmente imaginou estar lado a lado com uma onda eletromagnética. E percebeu que, a ser verdadeira a teoria de Maxwell, neste cenário construído os campos elétrico e magnético estariam em repouso. Como explicar, neste repouso, a alternância entre os campos elétrico e magnético? Como explicar a coerência da teoria de Maxwell frente ao que lhe pareceu ser um absurdo? A saída encontrada foi conjeturar sobre a impossibilidade em se acompanhar uma onda eletromagnética. Daí, para afirmar que a constante c, inerente às equações do eletromagnetismo, é universal e independente do referencial utilizado, ele se valeu de um trabalho de refinamento de sua conclusão primeira, o que foi possível graças a seus conhecimentos sobre a teoria de Maxwell bem como à sua tentativa de compatibilizá-la com a relatividade de Galileu; este trabalho foi concluído por Einstein aos 25 anos de idade e publicado sob o título de Sobre a eletrodinâmica dos corpos em movimento.

domingo, 10 de outubro de 2010

.Conceitos da Gestalt Psychology


Quando os gestaltistas estabeleceram o conceito de Meio Geográfico - o meio tal como a ciência o descreve - e Meio Comportamental - o meio tal como o indivíduo o percebe -, quando disseram que as estruturas (gestalten) neurológicas são iguais às psicológicas ou ainda "o que está dentro está fora" - Princípio Isomórfico - e quando, através do Princípio da Contemporaneidade, Kurt Lewin disse que o presente modifica o passado, que o que ocorre modifica o que ocorreu, obtiveram uma visão global e unitária dos processos psicológicos humanos sem a priori causalistas, deterministas e reducionistas; atingiram assim a essência humana, sem atribuições valorativas.

Lei de Figura e Fundo - Esta lei tem sido exaustivamente experimentada e comprovada pelos gestaltistas e fisiólogos. É válida para qualquer percepção, mesmo as conceituais, pois sendo o pensamento um prolongamento da percepção e não estando subordinado a nenhuma outra relação que não a desta continuidade, só poderá ser assim tratado; de outro modo, se entrarmos em dualismos, começamos a admitir sensação e percepção, esta como elaboração daquela, criando assim funções inferiores resultantes do dado sensorial; a percepção seria, neste raciocínio, uma elaboração da sensação e o pensamento uma função superior (tese da Escola de Graz), uma abstração ou intelectualização dos dados concretos da realidade experimentada, percebida. Não nos aprofundaremos neste assunto, pois a sua abordagem demandaria análise epistemológica de determinadas posições metodológicas, enfim, conduziria ao próprio conflito entre elementarismo e antielementarismo, funcionalismo e estruturalismo, empirismo e fenomenologia, psicanálise e gestaltismo, dualismo e unidade.

Gestalt em alemão, significa forma, estrutura, configuração. Preferimos usar no original, pois só assim todo o seu significado é expresso, o que não ocorreria com a palavra portuguesa - FORMA.

Insight, a autodeterminação frente ao percebido, decorrente do situacionamento em todas as suas dimensões estruturantes, é por definição o afastamento geográfico com consequente aproximação comportamental. Insight em português, é traduzido como "discernimento, estalo". Preferimos o termo original, traduzindo-o através de sua conceituação.

Totalidade - A afirmação de que o todo não é a soma das partes possibilita a percepção do todo como unidade, tanto quanto enseja, se estivermos posicionados em referenciais apriorísticos, explicações dualistas tipo parte / todo, isto é, a parte como elemento integrado ao todo, embora dele não constituinte. Essa ginástica mental é típica das explicações holistas.

A parte é um todo, nesse sentido não existem partes. Só podemos falar em parte enquanto vivência mnemônica, ao estruturar nossa percepção em referenciais de passado. A percepção do presente estruturada no presente possibilita a apreensão de totalidades. Quando percebo o olho, ele é uma totalidade, entretanto sei que ele está contextuado, faz parte de um rosto, daí dizer que ele é parte do rosto. Não fora o meu conhecimento prévio de rosto, jamais parcializaria. [in: Terra e Ouro são Iguais, pag.17, nota 2].
Dê atenção ao seu inconsciente
por David Viscott


O insight envolve entender como os seus sentimentos motivam suas ações. Você desenvolve mais facilmente insight quando não tem nada a esconder. Quando você esconde os sentimentos, é difícil separar os sentimentos atuais dos antigos que estão revivendo. Essa confusão a respeito daquilo que você sente é chamada de inconsciente. :

A maioria das pessoas não costuma observar seus sentimentos, nem dar atenção à sua resposta emocional do mundo. Em vez disso, elas esperam demais e só observam os sentimentos quando estão acumulados e ameaçam escapar. :

Esses sentimentos despercebidos também são o inconsciente. Qualquer atividade que aconteça sem o nosso conhecimento pode ser chamada de inconsciente. Muito do que chamamos de inconsciente é apenas falta de atenção, uma nova forma de negação. :

Basta simplesmente dar atenção àquilo que você estiver sentindo que isso trará muito do inconsciente para o domínio da consciência e, portanto, para o seu controle.

Você poderá conhecer tudo a respeito de si mesmo se realmente quiser saber a verdade, se estiver disposto a enxergar a si mesmo como realmente é, e se acreditar que nada do que você descobrir a seu próprio respeito pode feri-lo.

Você ignora um sentimento e seu significado se torna oculto quando teme as conseqüências de admitir esse sentimento ou de assumir a responsabilidade por uma ação. :

Quando esses sentimentos vêm à tona, eles vibram em sua memória, pegando-o de surpresa. Insight é uma percepção súbita da conexão entre suas ações e sentimentos ou entre um sentimento do presente e um do passado. A percepção tem uma sensação de novidade e poder. É claro que você sabia dessa verdade o tempo todo, mas apenas estava assustado demais para olhar diretamente para ela. :

O propósito de conseguir o insight e entender os seus sentimentos é ser capaz de ficar em paz consigo mesmo, de modo a poder estar plenamente disponível para os acontecimentos e para as pessoas em sua vida, sem a necessidade de distorção.

Para fazer isso, você precisa aceitar que é você é bom, digno de amor, inteligente e forte. Se você acreditar nisso com confiança suficiente para poder admitir os momentos em que não é bom, em que é menos digno de amor, em que age de modo menos inteligente, em que é fraco, você saberá tudo aquilo que precisa saber para viver uma vida de insight. :

Quando você permite que seus sentimentos venham à tona, olha para eles e identifica sua fonte, a sensação de ser invadido dá lugar ao entendimento e alívio. O inconsciente se torna cognoscível. :

Para saber mais: Liberdade emocional, de David Scott (Summus Editorial). “Quem olha para fora, sonha. Quem olha para dentro, desperta” – Carl Jung

insight

Insight pode ser definido como a compreensão repentina de alguma coisa. Quanto maior for nossa capacidade de encarar problemas de um ângulo diferente do habitual mais será possível se beneficiar dessa habilidade.



“Sr. Einstein, como foi que fez isso?”, perguntou Max Wertheimer ao inventor da teoria da relatividade em 1916. O psicólogo gestaltista queria descobrir como pensava alguém cujos lampejos geniais haviam revolucionado a mecânica clássica. Einstein sabia mais que os outros? Pensava de forma mais lógica? Ou tudo não tinha passado de um simples acaso?

O físico contou ao psicólogo que, quando refletia sobre espaço, tempo e velocidade, costumava imaginar-se cavalgando um raio de luz ou correndo a seu lado, para então se perguntar se a luz pararia caso corrêssemos ao lado dela na velocidade da luz.

Um tanto estranho, talvez_ mas possivelmente o verdadeiro segredo do sucesso de Einstein. Nascido na cidade alemã de Ulm, o físico matutou durante anos sem chegar a conclusão alguma. Sua intuição lhe dizia que havia algo errado no modo como a física concebia o mundo. Mas o que era? Então, de repente, deparou com uma espécie de experimento mental: se dois raios atingem uma linha férrea ao mesmo tempo, mas a certa distância um do outro_ perguntou-se_ percebemos esses dois eventos como simultâneos?

A resposta é positiva se nossa localização for a uma mesma distância dos dois pontos atingidos. Mas, caso seja num trem em movimento, viajando entre os dois raios, veremos um deles um átimo de segundo antes do outro, mesmo estando exatamente no meio dos dois pontos fulminados.

A observação, portanto, não depende apenas de nossa posição no espaço, mas também de estarmos ou não em movimento. Portanto, só podemos falar em “simultaneidade” levando em conta nosso movimento em relação ao evento observado. O conceito de simultaneidade perde, assim, seu sentido absoluto. Foi graças a esse lampejo que Einstein revolucionou nossas concepções de tempo e espaço, elaborando a teoria da relatividade.

E, de quebra, estimulou a pesquisa da psicologia gestáltica acerca do insight_ ou seja, daquela percepção súbita que precede tantas descobertas científicas. Wertheimer sabia que o insight de Einstein estava, sem dúvida, vinculado a seu conhecimento da física e à faculdade do pensamento lógico. Decisiva, porém, havia sido a capacidade de contemplar problemas físicos de modo diverso do habitual, libertando-se de pressupostos tidos até então como irrefutáveis.

Na primeira metade do século XX, Max Wertheimer, Wolfgang Köhler, Karl Duncker e Kurt Koffka (todos psicólogos da Gestalt) aplicaram o conceito de reestruturação de problemas não apenas ao estudo das idéias geniais e das invenções revolucionárias. Na verdade, estavam convencidos de que se tratava de um processo fundamental do pensamento, capaz de levar todo e qualquer ser humano a percepções súbitas e originais. Insights rearranjam de forma correta e fulminante as peças do quebra-cabeça, de modo a ensejar uma “boa configuração”_ ou gestalt. E eis ao o conceito que deu o nome a toda uma escola de psicologia.

Contudo, apenas na década de 80, quando estudiosos fascinavam-se com os processos cognitivos, a psicologia cognitiva retomou o estudo do insight.

Todos sabemos, por experiência própria que, às vezes, a solução de um problema nos vem à mente de forma absolutamente repentina. De súbito, o nó se desfaz, cai a ficha, surge uma luz e a solução parece tão óbvia que nos espantamos de não ter chegado a ela antes.

Observem o problema já empregado por Wertheimer. Ele nos apresenta um paralelogramo sobreposto a um quadrado. As medidas dos lados a e b são dadas. O problema consiste em obter a soma das duas áreas. Primeiro, tente resolvê-lo sozinho_ pode ser sua chance de experimentar um súbito lampejo.