domingo, 21 de março de 2010

Abordagem Racional Cognitiva Comporamental

REBT- Rational Emotive Behavioural Therapy (Terapia Comportamental racional-emotiva)


Esta terapia rege-se, como já abordámos na parte do comportamentalismo, pelo esquema ABC:


A (Antecedentes),
por activar experiências, como problemas familiares, insatisfação no trabalho, traumas infantis e todo um conjunto de coisas que possam apontar para as nossas fontes de infelicidade e tristeza.


B (“Beliefs”) crenças, principalmente as irracionais, que nos minimizam e nos fazem acreditar que não somos bons em determinada coisa ou situação, que são portanto a nossa verdadeira fonte de sofrimento.

C (“Consequences”), consequências, os sintomas neuróticos e as emoções negativas tal como a depressão, repressão, pânico e por vezes, raiva que provêm das nossas crenças.

Apesar de o facto de activarmos essas experiências ser bastante real e causador de real pânico(no paciente), são as nossas crenças irracionais que criam a longo prazo problemas de auto-destruição no paciente.

Por isso mesmo, Albert Ellis adicionou ao esquema anteriormente mencionado as letras D e E: O terapeuta deve disputar (D) as crenças irracionais de forma a que o paciente possa usufruir (“Enjoy”) de efeitos psicológicos positivos das crenças racionais.

Por exemplo “uma pessoa deprimida sente-se triste e só por pensar erradamente que é inadequado e não merecedor.” Na verdade, as pessoas deprimidas têm as mesmas capacidades que as pessoas não -deprimidas. Por isso mesmo, o terapeuta deve mostrar à pessoa deprimida os seus sucessos e combater a crença de que são inadequados.

- 3 Principais crenças irracionais que Ellis menciona:

1. “Tenho que ser verdadeiramente competente, ou então não sirvo para nada.”
2. “Os outros têm que me tratar de forma considerável, ou então eles são uns patifes”
3. “O mundo tem que sempre me mostrar a felicidade, ou então eu morro”

O terapeuta usa as capacidades do paciente para discutir contra essas crenças irracionais em terapia, ou ainda melhor, conduz o paciente a fazer ele mesmo o seu argumento.

Auto –aceitação incondicional

Ellis considera de extrema importância a auto –aceitação incondicional. Ele diz, na REBT, que ninguém está amaldiçoado, por mais más que sejam as suas acções, e que nos devíamos aceitar a nós próprios por aquilo que somos do que por aquilo que conseguimos atingir.

Diz ainda que existem, no entanto, muitas maneiras em que ao promover o “self” provoca também a dor e angústia no paciente, como é o caso:

Ou sou especial, ou estou condenado;
Eu preciso de ser amado e acarinhado;
Eu tenho que ser imortal;
Não sou nem bom, nem mau;
Eu preciso de ter tudo o que quero.

Ellis acredita, portanto também, que a auto –avaliação conduz à depressão e repressão.

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